Bem-vindo ao Estrofes do Coração, um espaço onde as palavras ganham vida e as emoções encontram voz. Aqui, cada verso é uma batida, cada estrofe, uma pulsação do coração. Nosso site é dedicado aos amantes da poesia, àqueles que buscam nas rimas e nos ritmos um refúgio, uma inspiração ou simplesmente um momento de contemplação.
No Estrofes do Coração, você encontrará uma coleção diversa de poesias que tocam a alma, seja pela profundidade dos sentimentos, pela beleza das imagens ou pela simplicidade das palavras. Este é um lugar para explorar, sentir e conectar-se com as diferentes nuances da vida através da poesia.
Sinta-se à vontade para navegar, ler e compartilhar. Aqui, as palavras têm o poder de unir corações e mentes, e cada visitante é parte dessa conexão. Seja bem-vindo, e permita-se sentir as emoções que cada estrofe desperta.
Todas Poesias são obras autorais de Bleica Ariádene Alves Possiano.
POESIAS
AGONIAS E MELANCOLIAS DE UMA GAROTA
ESTOU INDO
Estou vivendo o incerto
Porque nesse mundo, nada
é certo.
Estou indo a favor do
tempo, quem me guia é o vento.
Estou indo sem pressa
Estou indo bem calma
Estou a procura de algo,
Que cure minha alma.
Estou indo para um lugar,
Talvez longe da cidade.
Estou indo para onde eu
seja...
Feliz de verdade.
Estou indo para um lugar
Que a guerra não exista
mais,
Estou indo a procura da
paz
Para onde estou indo? Não
sei
Mas estou indo
Sei que em algum lugar
A paz vou encontrar…
SOLIDÃO
Noites e noites mal
dormidas aqui neste velho
sofá...
Tenho de companhia
apenas o velho cigarro
que queima lentamente
no cinzeiro e um copo de
cachaça.
Me perco entre cachaças e
fumaças...São os únicos
que ainda me abraçam.
A solidão tomou conta do
meu ser...já não sei o que
fazer.
A angústia toma conta do
meu peito e para passar é
só mais um trago.
Na parede ao lado do sofá,
encontro memórias...
Memórias de um velho
tempo...
Tempo em que havia
alegria, que havia
sentido...
Tempo em que eu não me
encontrava perdida.
Perdida dentro de mim,
vago pelo espaço
procurando algo que
ainda faça sentido para
que eu possa permanecer
viva.
SENTIDO
Talvez seja banal tentar
encontrar sentido
em uma época em que
todos se encontram
perdidos.
Corpos vazios vagueiam
por aí
Sem saber ao menos...
O sentindo de existir
A alma pede socorro
Mas o rosto nao quer
admitir
Enquanto a alma chora
O rosto está a sorrir
Corpos cansados
Quando se deitam para
dormir
Só tem um desejo... O
desejo de sumir.
PENSAMENTOS
A confusão me rodeia
Como se eu estivesse
presa numa cadeia...
Cadeia de
pensamentos Pensamentos que
mudam a cada
segundo
Os segundos
passam...
vento bate...
O vento é leve e
alivia.
mas ao mesmo
tempo...
Ele traz
pensamentos...
Pensamentos
pesados...
Que bate e quando
bate arde, queima,
dói...e dá agonia.
SEDE
Estou com sede, e
desta vez não é de
água.
O meu corpo pede o
efeito do álcool
E meu cérebro o efeito
da nicotina
Talvez eu siga bebendo
e fumando até a matina
E desta vez, nem é por
saudades de você,
menina
Há muitos nós que
nunca desatina
Eu estou com sede de
sentir a vida, talvez eu
esteja confundindo com
brisa
Mas a minha vida é
vazia...
E é isso que ainda me
mantém viva. A brisa.
CAINDO
Estou caindo e não
tenho forças para
levantar
Grito (mesmo em
silêncio) será que há
alguém para me
ajudar?
Eu não tenho forças
para viver e mesmo
assim estou a
caminhar...
Quero uma ajuda para
quem sabe um
dia...voltar a sonhar.
MORTE
Mais uma vez a morte
soprou em meus
ouvidos...
Pude ouvir a sua voz,
suave e confortável
Pude sentir a sua mão no
meu ombro tocando, me
chamando para baixo
Cada dia que passa me
sinto mais próxima dela,
não sei se é uma vitória
ou uma derrota...
Mas eu precinto o meu
fim...
Que um dia imaginava
estar anos luz, longe de
mim...
Ela me chama, e eu já não
tenho forças para lutar...
Ela já é a minha amiga,
doce e tenebrosa...
Ainda a temo, mas me
acompanha em todas as
horas...
Logo me pergunto, será
que a hora de partir com
ela é agora?
PERDIDA
Às vezes penso em
desistir de tudo
Mas como desistir de tudo,
se nada tenho?
Tenho uma carcaça que
chamam de corpo,
Carrego dentro um ser.
mas que ser, se nem sei
quem sou?
Dizem que há uma alma, e
as vezes é o que ainda me
faz estar aqui, dizem que
estou viva.
Mas eu já não sinto muitas
coisas, o que me prende é
o amor...mesmo assim
sinto que sou um corpo
que está morto... E
ninguém nunca enterrou
Dizem que existe almas,
acredito que exista, mas
sinto que a minha vagueia
por aí.
Queria sentir o presente,
queria estar aqui
Mas enquanto escrevo isso,
a cada verso sinto que de
mim, mais um pouco me
perdi.
SOZINHA
Sozinha naquela
sala... enquanto no
relógio o tempo
passava de pressa...
No rádio aquela
música que tocou na
sua festa...
Olho para o lado, e no
sofá... Você não está.
Para onde você foi?
Que sozinha me
deixou?
A solidão é minha
companheira...e com
ela sinto a sua falta...
Que dói, arde e da
agonia.
Você disse que não
iria...e agora me
deparo sem a sua
companhia.
O QUE FAZER?
Em cada trago me desfaço
E faço mais um laço
Me perco nesse compasso
Não sei ao menos o lado
Travo nesse passo
Passo que há muito tempo
Já era para ter dado
Mas o caminho é árduo
E não sei ao menos o que
fazer
Talvez desfazer?
Mas o que?
Se nada tenho feito
Qual será o defeito ou o
efeito desse ato não feito?
Será que penso a respeito?
Ou simplesmente deixo?
E se for desleixo?
Eu já não sei o que fazer
Já não tenho prazer, muito
menos o desprazer
E qual é nisso tudo, o meu
dever?
Será que deixo tudo ao
léu...
visto um véu...
sigo sendo julgada como
réu...
sem dizer que o que se
passa aqui é cruel?